sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como Dizer a uma Criança que Contos de Fadas Não Existem



Era uma vez... E começa a historia.
Como todas, encontros e despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas e com sorte o final feliz seria feliz.
Mas aí você percebe que essa historia não acontece com você. Na sua não é tudo tão perfeito, sua família tem momentos conturbados, um pai que pode ser submisso ao acaso, uma mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta (pois é assim que elas são quase sempre vistas), e você sempre buscando uma forma de fugir de tudo isso.
Das coisas que mais aprendemos, com dor ou não, é a fugir de nossos problemas sendo de diversas formas e por variados motivos.
Quando crescemos um pouco vem a procura da outra parte da historia, de donzelas a príncipes encantados, e de novo nos entregamos, porém dessa vez aos relacionamentos e a descoberta dos sentimentos.
 Recomeça a historia de nossa vida, dessa vez pela perspectiva do amor. E como todas as historias, cheia de encontros e despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas. Com sorte um final feliz, feliz. Mas nem sempre é assim. Não sabemos a que hora o amor pode acontecer de verdade. E de beijar sapos que não viram príncipes, ou princesas sem encanto, passamos a questionar ou desacreditar nele. Não sabem os desacreditados que aos poucos, quando não seguimos os passos da realeza, também vamos-nos tornando sapos. Esses tais fazem os outros acreditar que não há magia mais nesse mundo.
E essa historia se repete algumas, ou muitas vezes, Paixões e desamores, vem e vão, surgem, desaparecem, brilham ou escurecem enredos, contudo sempre acreditamos que há alguém.
- Somos bobos por acreditar ainda nessa historia? Ou estamos certos de acreditar deve existir uma pessoa que vai nos levar a esse conto de fadas de final feliz?
Confesso não saber a resposta. Mas eu ás vezes me traio por pensar que sou só mais um como tantos outros no mundo, e em outros momentos penso que sou sim especial. E que deve haver outra pessoa tão especial e na mesma frequência que a minha, feita o meu molde, alguém que irá fazer a historia de minha vida ser melhor que sozinho. Fica difícil ser um rei sem rainha para dar continuidade á essa linhagem. E fazer de mim mais que um pai que pode ser submisso ao acaso, em que ela vai ser mais que uma mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta, mas sim uma segunda mãe.

De fato, posso ser eu um sonhador. Mas seria eu o único a creditar minha fé nessa fabula?

Quanto a acreditar na beleza, ou a acostumar-se a um mundo sem magia, O melhor dos discursos talvez fosse o silêncio, não dizer nada ás crianças seria uma boa opção, o mundo tratará ao acaso ensina-las sobre sua historia. :)


Thiago Couto

Um comentário:

  1. A forma mais fácil e racional de se deixar alguém aprender a viver, é deixá-lo fazer isso. De acordo com seus princípios e caráter. Caso ocorra o contrário, isso se fará em outra situação, porque ninguém vive de pensamentos dos outros, de conselhos. É preciso que aconteça o que tiver de acontecer para enfim, aprender que nem tudo é o que parece. (:

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