Pegando carona nessa calda de cometa, Então eu volto pra rebater o Tudo Passa, Porém agora mostrando um lado mais restrito, extenso, indefinido, complexo, sei lá, entenda como quiser. Falar sobre o Amor.
Quem conhece, quem se lembra de uma musica do 1º CD de Marjorie Estiano, que se chama TUDO PASSA ?
Pois bem, essa musica é a ultima do CD e não me surpreende que poucas pessoas a conheçam, já que ela não acabou se tornando uma musica popular e difundida, Mas em meio a melodia calma e com sons naturais como canto de passarinhos, a poesia da musica é realmente encantadora (e pra quem puder eu até recomendo ouvi-la ). E em meio a poesia dessa musica tem um trecho em que ela diz assim:
“O tempo passa e com ele passa a dor, Pois tudo passa até o amor..”
Poxa, mas será realmente assim a forma como as coisas funcionam ?
Eu cheguei a pensar que esse era um momento de desilusão do autor, e que claro, a liberdade poética permite exageros, mas e se não for apenas isso ?
Por um lado, podemos sim pensar que tudo tende a concordar com isso. Tudo passa, até o amor.
Por exemplo, quando somos Jovens, e ao olhar pra trás diga: você não já se apaixonou tão perdidamente, que queria gritar pro mundo que amava alguém, mas que depois que essa história acabou, você simplesmente esqueceu disso? Por mais que no momento em que terminou você possa ter sofrido, um mês depois você já estava bem.
- Curioso não?
Ou quando você declarou para uma amiga que seriam amigas para sempre!
Hoje eu vejo muitas pessoas falarem isso, mas que depois de um tempo, não tem mais a cara de olhar para a antiga amiga e se encontrar ali naquela pessoa.
Então, o pra sempre, sempre acaba ? (Cássia Eller)
Ou nossas relações é que são mesmo de papel ? e simplesmente rasgam e acaba assim ?
Existe o amor de amigos, isso eu sei! Mas, se chega ao fim assim, posso dizer que não era amor, posso ?
Então tudo está fadado a não durar ?
Ou será que essas são apenas historias que terminaram mal, e existem outras que realmente podem ser para sempre?
Um exemplo disso são os autores que participaram do movimento Romantismo, com a ocorrência do mal do século, onde eles diziam: é preferível morrer a sofrer de amor. Daí eles se matavam em nome daquele amor que seria algo insuperável e que é eterno. Mas, penso que, o tempo não curaria essa mágoa, e traria um novo amor ?
Outro exemplo que eu acho muito digno também é o do cantor Roberto Carlos. Pois bem, suponho eu que ele deve ter vivido lá seus tantos romances e inúmeros relacionamentos, porém hoje ele afirma que Maria Rita foi a mulher da sua vida, e que o amor dele por ela é tão infinito, que nem a morte dela (que ocorreu a alguns anos já) chega a anular o que ele sentia e ainda sente.
Me questiono se, depois desse tempo, ele ainda pensa tanto nela quanto antes, e que nenhuma outra pessoa poderia ocupar aquele lugar ao seu lado.
É, eu quero acreditar que não. Que o amor de Robertão é realmente incondicional, e que o amor pode sim ser maior até que o tempo.
Eu quero acreditar, mas nada impede que eu ainda mantenha minhas duvidas, então será que até o amor passa, tudo realmente passa ?
Thiago Couto