segunda-feira, 2 de julho de 2012

Você deveria saber


Eu não sei quando ou porque as pessoas se tornaram tão medrosas. Não se arriscam, não buscam, não tentam, não conseguem.  E dessa forma também não amam. Não se entregam, não se permitem. Dentre muitos outros ‘nãos’, negam a vida, dizem não a ela de uma forma um tanto quanto cruel e receosa. Negam chance ao melhor da vida, apenas pela possibilidade da dor.
Não alimentei os melhores sentimentos pra serem jogados fora. Não é assim que tem que ser.
Talvez seja por isso que não tenho vergonha de ser ridículo, de tentar mais uma vez, porque eu apenas quero. Eu exatamente quero.
Não quero miséria, não quero migalhas, menos ainda viver de misericórdia, quero o que é certo, sem metades, é um querer por inteiro. Afinal, o amor é a solução para o caos, certo?
Claro que quando pensei em estar gostando de alguém me acusei de estar perdendo minha mente, mas eu jurei que estava bem.
Acho que você soube ver um outro lado meu que a maior parte das pessoas não consegue ver, mas parece talvez, que resolveu ignorar e agir como os outros, como se não soubesse que eu também sou um garotinho, pequeno demais pra que brinquem comigo.
Porque você não quer me amar. É medo de sofrer de novo? Eu estou aprendendo. Eu quis me tornar alguém diferente, eu quis tentar ser melhor, mas eu não sei fazer isso sozinho. E muito menos se pode amar sozinho...
E se agora então eu decido que não vou amar de novo, que vou apenas me deixar levar dessa vez, sem querer me machucar... Acontece que sempre aparece alguém, e pensamos que pode ser diferente, que pode ser dessa vez! Só que eu quero ESSA vez. Eu quero essa história. Aquela que, começou a ser escrita por você, e que pode continuar sendo escrita por nós.
Incrível também a forma que você soube me ganhar, sou eu ou é assim tão fácil pra você conseguir o que quer?
Tenho medo de que qualquer decisão seja tomada enquanto esteja afogado no seu grande ego. (aquele mesmo que te fez desfazer de um amor por 3 anos, como você mesmo me disse que fazia...)
No seu vício de dar amor e toma-lo de volta. Quando sabe que alguém está gostando de você e demonstra isso, ás vezes até mais que você demonstra gostar da pessoa. Isso é bom, sabia? Saber que alguém se importa com a gente.  E você sabia que me importava. E muito.
Mas, porque? Não consigo entender isso que está acontecendo agora...
Seu ego, ou juízo, pode até te levar a fazer o que está fazendo pra que você não se sinta como “o otário da situação”, mas se for por isso, por favor, não o seja justo agora...
E como entender um amor que é medido pelos erros?
Eu sei que quando acontece de nos magoarmos, tendemos a pensar que talvez o mais certo fosse correr o mais rápido que eu pudesse. Isso aprendi com os medrosos.
Com estes também aprendi a guardar as más experiências e achar que vai ser sempre assim, que o mais seguro seria se rodear de muros e escudos pra não se ferir de novo e viver sempre pela metade, refém do medo de lembranças e dores do passado voltar a qualquer momento. Isso é coisa de coração partido, de quem ainda tem uma sombra à sua volta. Ah! O medo...
Espero que você entenda que não quero desistir do que sinto, nem tampouco me alongar em discutir quem está certo ou errado. Até porque, de que adianta ganhar essa discussão, se também não houver o que comemorar?
Eu estava aprendendo o sentido das musicas mais bonitas, e agora eu consigo entender as mais tristes também.
Você deveria estar aqui pra enxugar as minhas lágrimas, elas são suas.
O garotinho sonhador chorou todo o caminho de volta pra casa. Você deveria saber.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como Dizer a uma Criança que Contos de Fadas Não Existem



Era uma vez... E começa a historia.
Como todas, encontros e despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas e com sorte o final feliz seria feliz.
Mas aí você percebe que essa historia não acontece com você. Na sua não é tudo tão perfeito, sua família tem momentos conturbados, um pai que pode ser submisso ao acaso, uma mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta (pois é assim que elas são quase sempre vistas), e você sempre buscando uma forma de fugir de tudo isso.
Das coisas que mais aprendemos, com dor ou não, é a fugir de nossos problemas sendo de diversas formas e por variados motivos.
Quando crescemos um pouco vem a procura da outra parte da historia, de donzelas a príncipes encantados, e de novo nos entregamos, porém dessa vez aos relacionamentos e a descoberta dos sentimentos.
 Recomeça a historia de nossa vida, dessa vez pela perspectiva do amor. E como todas as historias, cheia de encontros e despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas. Com sorte um final feliz, feliz. Mas nem sempre é assim. Não sabemos a que hora o amor pode acontecer de verdade. E de beijar sapos que não viram príncipes, ou princesas sem encanto, passamos a questionar ou desacreditar nele. Não sabem os desacreditados que aos poucos, quando não seguimos os passos da realeza, também vamos-nos tornando sapos. Esses tais fazem os outros acreditar que não há magia mais nesse mundo.
E essa historia se repete algumas, ou muitas vezes, Paixões e desamores, vem e vão, surgem, desaparecem, brilham ou escurecem enredos, contudo sempre acreditamos que há alguém.
- Somos bobos por acreditar ainda nessa historia? Ou estamos certos de acreditar deve existir uma pessoa que vai nos levar a esse conto de fadas de final feliz?
Confesso não saber a resposta. Mas eu ás vezes me traio por pensar que sou só mais um como tantos outros no mundo, e em outros momentos penso que sou sim especial. E que deve haver outra pessoa tão especial e na mesma frequência que a minha, feita o meu molde, alguém que irá fazer a historia de minha vida ser melhor que sozinho. Fica difícil ser um rei sem rainha para dar continuidade á essa linhagem. E fazer de mim mais que um pai que pode ser submisso ao acaso, em que ela vai ser mais que uma mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta, mas sim uma segunda mãe.

De fato, posso ser eu um sonhador. Mas seria eu o único a creditar minha fé nessa fabula?

Quanto a acreditar na beleza, ou a acostumar-se a um mundo sem magia, O melhor dos discursos talvez fosse o silêncio, não dizer nada ás crianças seria uma boa opção, o mundo tratará ao acaso ensina-las sobre sua historia. :)


Thiago Couto

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Amizade e... Falsidade (?)

Quando tento me lembrar de quando eramos crianças, penso que não nos dedicávamos tanto a classificar as coisas com muitas qualidades e características, de regrar muito o que fazemos ou de classificar por exemplo nossas amizades. Somos amigos e pronto. Podemos nos divertir. Mas percebo que a partir da pré-adolescência, seguindo pra idade adulta e daí em diante, parece que as pessoas passam a querer colocar tudo em um nível. E assim escolhemos um melhor amigo, amigos que podemos confiar, conhecidos, e outros círculos sociais.
Quando elegemos um amigo, para ser nosso melhor amigo, por exemplo, quais as chances de levarmos essa pessoa pelo resto da vida são muito grandes. Quem não sonha com aquele ideal de amigos para sempre, das historias, dos filmes e que queremos pra nós.
E as vezes não escolhemos apenas um melhor amigo, durante a vida podemos manter um amigo por varias situações, ou as vezes quando nos percebemos temos alguém mais próximo que aquele outro amigo que está ali, a tempos..
Isso não quer dizer necessariamente uma coisa ruim, é natural. Para cada situação, uma melhor solução e uma melhor companhia.
Porém, uma coisa que me assusta é como as pessoas aparentemente mudam sua opinião, as vezes uma tão boa, para uma as vezes tão triste, rapidamente.
Digo isso, porque não acredito que seja tão difícil de perceber, mas quantas vezes você viu alguém dizer que alguém, tão amigo, se mostrou uma pessoa falsa.
Não é apenas dizer que a pessoa disse uma mentira, ou que esse alguém a magoou. Quando aquele desentendimento. É colocar a pessoa com um perfil, uma imagem ruim, ainda quase permanente. Quando se diz 'fulano é falso'.
E poxa, uma pessoa falsa. Isso me transmite algo tão sujo, cruel. Falso !
Então passei a tentar ver se tudo ali fazia sentido, realmente. Afinal, como essas pessoas que a dois dias riam juntas, com toda alegria do mundo, agora se estranham e dizem coisas tristes uma da outra.
Então, como explicar isso ? Como as coisas tomam essas proporções quando até quem observa de fora não entende essa reviravolta toda ?
Seria então que, de certo modo, a falsidade é um ponto de vista ? Que quem está magoado diz enxergar.
E mesmo assim, ainda fico na corda bamba. Será que é justo quando isso acontece ? Classifica-se alguém e pronto ?

E quem quiser continuar criança e apenas pensa 'vamos ser amigos e nos divertir' como seria ? Seria essa a forma mais correta de se fazer um amigo ? Ou deveria essa pessoa ter medo de como seria visto pelas outras pessoas ?
Como se fosse apenas um jovem sonhador. Seria aos olhos dos cruéis de algum modo 'falso' por ser ou agir assim, ou apenas tolo mesmo ?

Thiago Couto

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ideais Corrompidos

Não quero, nunca quis e ainda admiro essa ideia de não se corromper, de permanecer através do tempo com o mesmo ideal jovem e vivo dentro de nós, seja lá ele como e qual for. Um ideal politico, um ideal romântico, uma forma de levar vida, e por ai vai tudo em que nós acreditamos.

Porém, com o tempo aprendemos a duras perdas, que a vida é mesmo cruel, e que as vezes precisamos endurecer para podermos encará-la de frente.
Com isso as vezes nossa juventude se vai perdendo aos poucos, e dado espaço à experiência, Nossos sonhos se vão, que vão dando espaço a certezas (e incertezas, por que não?), e até as paixões se vão e ficam os amores, ou qualquer coisa assim.
Já disse no texto 'Corações Partidos' que é preciso ter respeito com o sentimento dos outros, é preciso ter respeito com o amor..

Mas dessa vez me questiono, até onde podemos ou temos o direito de querer 'abrir os olhos' de alguém para alguma realidade que ela pode enfrentar em sua vida. Ainda que cada vida é uma realidade, as vezes muito diferente uma da outra. E que, se alguém está bem sonhando, porque acordá-la antes do tempo (só porque ela pode sofrer um dia ?)

Então, sei que muita gente tem consigo uma característica que eu sei que tenho também, querer cuidar das pessoas que gostamos e valorizamos, e isso nem sempre quer dizer afastar todo e qualquer mal que possa aparecer, mas também preparar para as dores e perigos que todos enfrentamos na vida.
Seria esse o motivo de não deixar que a pessoa sonhe demais? Pra que ela não se perdesse demais
Porque parece que na dor, todos somos iguais. Pois na dor, todos nos entendemos.
Parando pra pensar agora, volto atrás no que disse, e digo ás pessoas: elas não tem que endurecer seu coração ou perder sua alma para enfrentar seja o que vier pela frente, mas sim se tornarem flexíveis ao que vier, e assim aprenderem a lidar com isso, reagindo e crescendo sempre e sempre.

Sendo assim, mudando as velas de direção de acordo muda o rumo dos ventos, para que cheguemos a nossos ideais, sem nos corrompermos.

(Ou seria isso apenas um ideal meu, uma forma minha de pensar as coisas, e que a transformação é inevitável, e que de uma forma crua ou cruel, todos se corrompem ?)

Thiago Couto

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Segredos


Por que as pessoas tem costume de contar seus segredos pra alguém? Não sei explicar bem porque. Talvez pra que não nos sintamos tão sozinhos, ou para nos livrar do peso de carregar algo que nos atormenta.

Então, vou contar um segredo agora, a necessidade de escrever esse texto é algo que tem me atormentado. A dias tenho em mente, pensado comigo o porque das pessoas terem segredos, guardar segredos, enfim.. segredos, SEGREDOS..

A verdade é que todos temos segredos, alguns que confidenciamos e alguns que 'não contamos nem pra nós mesmos', mas temos. Então, o que nos levaria a tê-los ?

Matutei, matutei.. e apenas consegui chegar a uma conclusão. Segredos são apenas assuntos que ainda não sabemos como lidar com eles.

Quando fazemos algo 'proibido' ou que pensamos ser errado, quando há algo de diferente com a gente, seja algo que você fez, viu, ouviu, sentiu.. e com isso nos martirizamos e temos que aprender ou a lidar com isso e enfrentar o mundo, ou a lidar com essa situação de conviver com esse segredo.

Um exemplo é o caso de homossexuais, que passam muitas vezes um longo período de suas vidas angustiados com a situação que estão vivendo, sentindo atração ou se relacionando com pessoas do mesmo sexo, numa espécie de marginalidade, que depois de então se assumem gays para os pais, familiares e amigos e que quando perguntados se a reação da família foi tão cruel quanto eles pensavam que seria, eles dizem que NÃO. Mais uma vez vejo que o medo nos tortura muito mais que a realidade por assim dizer. E que se você tem segredos, você tem medo.

Você nunca conseguirá enterrar todos os seus segredos. E esses quando vem à tona, por incrível que pareça, não dói tanto quanto pensávamos. (já percebeu?)

Não digo que devemos nos expor para todas as pessoas, pois quem dá a cara a bater, apanha sem dó. Não se trata de confiar em todos, afinal confiança não é a falta de segredos. E, sim, entender que nem tudo precisa ser revelado a todos.

Mas, agora pergunto, porque ainda viver assombrado por seus SEGREDOS ?

Thiago Couto

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Novas Vítimas (EGO)

Ego (“eu” em latim) é uma forma de como enxergamos a realidade, partindo da ideia de como nos comportamos e de como lidamos com o mundo, o que tem importância sobre nossa personalidade, sendo essa a parte consciente do nosso ego.

Nos momentos que agimos por instinto ou por impulso, podemos então ser observados como animais, que agem sobre a energia psíquica da libido. Regido pelo princípio do prazer, do desejo e anseio. e para alimentar isso, as vezes não nos damos conta de o que estamos fazendo para nos satisfazer.

Com isso, não sabemos em quem jogamos pedras, criticamos, ou quando fazemos qualquer ação que diminua nossa dor, nosso incomodo perante algumas coisas que jugamos incertas, ou não sabemos mesmo julgar.

Pobre de quem tem que lidar com o orgulho ferido de alguém, não é mesmo ? ou nessa mesma situação, quando temos que aceitar que estamos errados.

E ainda assim, quando temos o ego massageado, até sabemos que podemos estar fazendo algo errado, mas nesse momento.. Quem engoliria seu próprio ego ? Manter ou inalterar sua ideia de honra, construir um caráter ?

E o que falar sobre as concessões e aberturas que precisamos fazer para mantermos em ordem nossa ideia de amor. Nem sei explicar. Mas sei que, depois de nos esbarrarmos tanto nos desamores, escolhemos qualquer opção mais fácil, desde nos dedicarmos a pequenos relacionamentos, ficadas, sexo sem compromisso ou mesmo sexo fácil, e então encontramos alguém e tentamos moldar esse amor, criamos paixões e permanecemos com alguém por uma espécie de dever moral, na ideia de que ainda podemos nos apaixonar de novo pela pessoa.

Então me pergunto, Até onde somos vítimas de nosso ego ? Até onde contaríamos uma mentira a ponto de nos Sentir bem ? O que você faria para chamar atenção ? Você fingiria amor, para ser amado ?


Thiago Couto

domingo, 8 de maio de 2011

Momento mEU

Nem preciso fechar os olhos, como normalmente faço quando quero pensar. Tenho me sentido tão seguro a ponto de querer sumir. Por incrível que pareça não estou encaixado no script do paciente, não sinto um vazio sem explicação, não sinto medo, muito menos aqueles sentimentos estranhíssimos que me deixava horas inerte, chorando junto ao travesseiro.

Tenho feito coisas das quais, em outras épocas eu estaria me condenando, me arrependido. Época que o tempo, como sempre, caminha devagar até demais. Agora tenho é a tal borboletinha no estômago, uma sede, uma pressa...

É, devo admitir que ando subjetivo demais, às vezes nem eu me suporto. Mas, é a fase de adaptação a essa nova fase.

Sabe que agora estou detestando essas coisas emotivas? Claro, não sou de ferro, tenho lá meus afagos, sentimentos, revoltas. Mas tudo na medida certa, ou estou me permitindo nos momentos certos que, diga-se de passagem, é quando estou sozinho.

Às vezes gosto de fitar a expressão de pessoas próximas a mim. Fico tentando adivinhar o que deve estar passando na cabeça delas naquele momento. Tenho um amigo que diz que todos vivemos na terra, mas eu insisto que cada um de nós somos mundos diferentes. Por mais pontos comuns que você tenha com alguém, sempre, todo mundo vai ter ou tem um cantinho escuro dentro de si para se refugiar de vez em quando, e esse lugarzinho não permite a presença de mais ninguém além de você mesmo que, ainda sabendo da existência desse lugar, se sente um intruso ao invadir seu próprio eu.


Autor: Washington Lopes

Revisor e Editor: Thiago Couto