Era uma vez... E começa a historia.
Como todas, encontros
e despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas e com sorte o final
feliz seria feliz.
Mas aí você percebe
que essa historia não acontece com você. Na sua não é tudo tão perfeito, sua
família tem momentos conturbados, um pai que pode ser submisso ao acaso, uma
mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta (pois é assim que elas
são quase sempre vistas), e você sempre buscando uma forma de fugir de tudo
isso.
Das coisas que mais
aprendemos, com dor ou não, é a fugir de nossos problemas sendo de diversas
formas e por variados motivos.
Quando crescemos um
pouco vem a procura da outra parte da historia, de donzelas a príncipes
encantados, e de novo nos entregamos, porém dessa vez aos relacionamentos e a
descoberta dos sentimentos.
Recomeça a historia de nossa vida, dessa vez
pela perspectiva do amor. E como todas as historias, cheia de encontros e
despedidas, um pouco de entrega, esforço e conquistas. Com sorte um final
feliz, feliz. Mas nem sempre é assim. Não sabemos a que hora o amor pode
acontecer de verdade. E de beijar sapos que não viram príncipes, ou princesas
sem encanto, passamos a questionar ou desacreditar nele. Não sabem os
desacreditados que aos poucos, quando não seguimos os passos da realeza, também
vamos-nos tornando sapos. Esses tais fazem os outros acreditar que não há magia
mais nesse mundo.
E essa historia se repete
algumas, ou muitas vezes, Paixões e desamores, vem e vão, surgem, desaparecem,
brilham ou escurecem enredos, contudo sempre acreditamos que há alguém.
- Somos bobos por
acreditar ainda nessa historia? Ou estamos certos de acreditar deve existir uma
pessoa que vai nos levar a esse conto de fadas de final feliz?
Confesso não saber a
resposta. Mas eu ás vezes me traio por pensar que sou só mais um como tantos
outros no mundo, e em outros momentos penso que sou sim especial. E que deve
haver outra pessoa tão especial e na mesma frequência que a minha, feita o meu
molde, alguém que irá fazer a historia de minha vida ser melhor que sozinho.
Fica difícil ser um rei sem rainha para dar continuidade á essa linhagem. E
fazer de mim mais que um pai que pode ser submisso ao acaso, em que ela vai ser
mais que uma mãe que não sabe expressar seu amor, ou uma má-drasta, mas sim uma
segunda mãe.
De fato, posso ser eu
um sonhador. Mas seria eu o único a creditar minha fé nessa fabula?
Quanto a acreditar na
beleza, ou a acostumar-se a um mundo sem magia, O melhor dos discursos talvez fosse
o silêncio, não dizer nada ás crianças seria uma boa opção, o mundo tratará ao
acaso ensina-las sobre sua historia. :)
Thiago Couto